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ARTIGO – PAI CIDADÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO AO COMBATE ÀS PEQUENAS CORRUPÇÕES

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 Artigo:  Nathalie Coutinho Pereira

          Muito interessante a iniciativa da Escola Estadual Eugênio Barros no município de Matões-MA em comemorar o dia dos Pais com uma atividade também voltada para a disseminação de conhecimentos.
Como pesquisadora da temática “Jeitinho Brasileiro e os Efeitos da Prática das Pequenas Corrupções”, professora e jovem advogada, parabenizo desde já, em nome da minha tia e professora Mariza Coutinho e da diretora Arlete, toda a equipe pelo evento em comemoração a uma data tão especial à todas famílias e a comunidade escolar. Aproveito também para agradecer a confiança e a credibilidade em ministrar um tema tão instigante, considerando ainda a necessidade de ser mais trabalhado em todas as instâncias sociais possíveis.
Identificar as pequenas corrupções mais frequentes e analisar seus efeitos no campo ético, moral, social e jurídico, situando historicamente alguns fatores culturais que desencadearam tais condutas é muito importante, mas direcionar tudo isso aos Pais é ainda mais prazeroso, pois estes detém de um poder muito grande de mudanças.
De certo, que cobramos diariamente uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais igualitária e é isso que queremos para nós e, principalmente para os nossos filhos. Mas devemos sempre nos perguntar o que estamos fazendo para melhorar.
Vê-se que tudo isso está intimamente relacionado com a educação familiar. Daí a relevância do acompanhamento, especialmente do Pai, que muitas vezes não dar a devida atenção ao filho desde a tenra idade, deixando apenas a cargo da mãe tamanha responsabilidade. A violação das convenções sociais começam a aparecer muito cedo, o que além de configurar um desvio de conduta, está contrariando os ideais igualitários desejados por todos.
Aparece quando a criança chega em casa com um objeto que não é seu e não lhe é imputado o papel de devolver Está presente quando o adolescente cola na prova ou copia trabalho da internet, rouba TV a cabo etc. Surge quando o adulto declara informações falsas no Imposto de Renda, apresenta atestado médico falso para não trabalhar. Enfim, é uma cultura que já esta enraizada no seio da família brasileira, devendo, especialmente ao Pai tomar as rédeas e proporcionar a si e a todos de seu lar, uma posição diferenciada para que as pequenas corrupções sejam combatidas desde cedo.
Trata-se de um olhar diferenciado pelas atitudes cotidianas que impedem a convivência numa sociedade mais justa e leal, não justificando o surgimento das grandes corrupções. Não se busca aqui projetar a culpa apenas nos pequenos atos, mas sim proporcionar uma reflexão na esfera privada, capaz de fazer nascer a ideia de que tudo isso que está acontecendo no país, principalmente no cenário político atual, decorre de uma falta de ética generalizada.
 Sabe-se que o combate as pequenas e as grandes corrupções é uma tarefa difícil, mas não impossível. Considera-se que é através da educação que a sociedade pode melhorar, pois é a única política eficaz que fará com que haja uma criação diferente do que já está enraizado no nosso país. Assim, Família, Escola e Estado podem e devem estabelecerem novas estratégias para a busca de uma nova geração menos desleal e mais honesta.
Para isso, o processo de conscientização é o primeiro passo para a mudança e, pouco se avançará se a educação não seguir junto. Enquanto não houver uma transformação na consciência de cada um não se poderá cobrar dias melhores e reclamar que a convivência atual está quase insuportável, pois a desconfiança já passou a ser o lema de sobrevivência e, todos nós estamos inseridos nisso.
Enquanto isso, pede-se ao Pai Pai, o Pai Mãe, o Pai Tio, o Pai Avô, qualquer um que exerça tal papel, para encabeçar urgentemente na luta pela formação do caráter moral de seus filhos. Que seja uma boa referência de vida, pois os “pequenos” tendem a se espelharem neles. E que cada Pai não desanime diante da inversão de valores atual, que ele procure alguém para fortificar seu desejo de mudança, como eu, que sempre utilizo das seguintes palavras para dedicar este tipo de trabalho:
“Ao meu querido e inesquecível avô Alberto de Almada Coutinho (in memorian), minha melhor fonte de inspiração, que embora tenha feito parte dessa sociedade altamente corrompida e individualista, foi um exemplo de homem honesto e puro e ao meu companheiro e amado filho João Miguel Coutinho Carvalho, minha razão maior de viver e minha esperança na construção de uma nova geração através de uma revolução de valores éticos e morais”.


 Professora e Advogada Nathalie Coutinho Pereira
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