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“Eu estou muito feliz de ajudar outra vida”, diz matoense, Sávio Soares, doador de medula óssea

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Por Valéria Soares

A cada cem mil habitantes no Brasil um pode ser compatível para doação de medula óssea. Esse foi o caso do doador matoense Sávio Soares Silva. O psicólogo, de 27 anos, tem cadastro no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) desde 2016, quando participou de uma campanha de doação de sangue do Hemopi (Centro de Hematologia e Hematologia do Piauí). Em 2023, foi convocado para a missão de salvar uma vida.

O processo de doação para medula óssea começou em fevereiro, quando fez o primeiro teste para averiguar a compatibilidade. A partir de maio, Sávio iniciou sua jornada de cruzar o país, de Matões para Jaú, município a 300 km de São Paulo, para fazer exames laboratoriais que confirmassem a possibilidade da doação. “Eu comecei fazer as viagens para o interior de São Paulo, pois o REDOME procura realizar a cirurgia o mais próximo ao receptor da medula óssea”, explica.

O processo de doação é todo custeado pelo governo. No total foram três idas a Jaú. Na última, 02 de agosto, foi realizada a cirurgia de retirada da medula. “Foi retirado 600 ml de medula. Uma cirurgia que durou em torno de 90 minutos. Tudo foi bem rápido e tranquilo. Após 1 dia já retornei para Matões e me sinto muito bem”, conta.

A cirurgia foi realizada com punção direta da medula óssea, ou seja realizada na região do quadril. O processo de recuperação das células dura em torno de 15 dias. Em 6 meses o psicólogo já pode realizar outra doação, caso haja compatibilidade, a nível nacional ou internacional, uma vez que o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo.

De acordo com o REDOME, a doação de medula óssea pode ser aparentada ou não aparentada. Os casos de doação entre familiares gira em torno de 25% de compatibilidade. O mais comum de ser 100% compatível é entre irmãos. Não existindo doador equivalente na família do paciente, deve-se aguardar alguém compatível no cadastro nacional. “Tem pessoas que esperam de 4 a 6 meses por uma doação”, relata Sávio.

No cadastro de voluntários a doação tem mais de 5 milhões de pessoas inscritas. Anualmente são incluídos 300 mil novos interessados. Hoje a média de pessoas em busca de doador não aparentado é de 650. O número de pacientes transplantados deste ano está em 128. Isso ocorre pela raridade da compatibilidade entre doadores.

Para ele, o processo de doação é muito gratificante. “Eu estou muito feliz de ajudar outra vida. Eu sempre participei de campanhas de doação de sangue e agora sou doador de medula óssea. Espero que mais pessoas possam ser doadoras. É um ato de amor”, diz.

Como ser doador de medula óssea

O que é o transplante de medula óssea?

O transplante de medula óssea corresponde a um tratamento para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e/ou deficiências no sistema imunológico. O paciente que recebe uma doação tem que passar por um procedimento de reconstituição da própria medula, onde suas células serão destruídas através do tratamento e receberá uma nova de um doador saudável.

 

De acordo com o REDOME, as pessoas que recebem a doação geralmente são acometidas de doenças como leucemia, originadas da célula da medula óssea, linfoma, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas). ”Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratadas com transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores”.

Quem pode ser doador?

Cidadãos entre 18 e 35 anos, em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa pelo sangue ( HIV ou Hepatite), não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

Como se cadastrar para ser doador?

Os interessados em ser doadores podem se cadastrar no hemocentro mais próximo e coletar uma amostra de sangue (10 ml) para exame de tipagem HLA (Antígeno Leococitário Humano). Os dados serão enviados para o Redome que mantém ativo até os 60 anos de idade do doador. É importante que os dados estejam sempre atualizados no site: https://redome.inca.gov.br/doador-atualize-seu-cadastro/. no aplicativo "Redome" ou solicitar a atualização pelo telefone (21) 3970-4100 ou pelo e-mail: redome@inca.gov.br.
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1 Comentários

  1. Provavelmente o texto mais bem escrito do blog 🤣! Valéria, você sabe que venceu... Well done! Sávio <3

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